Um sisteminha simples http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br Quem é de TI sempre recebe pedidos para criar "só um sisteminha simples". A gente sabe que nunca é simples. Por isso, aqui no blog vamos falar sobre o grande universo de TI --que às vezes é engraçado, às vezes é sofrido e muitas vezes é tudo isso. Sat, 22 Aug 2020 07:00:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Aprenda a se vender! Veja dicas para mostrar suas diversas habilidades http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/08/22/voce-sabe-se-as-pessoas-sabem-o-que-voce-sabe/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/08/22/voce-sabe-se-as-pessoas-sabem-o-que-voce-sabe/#respond Sat, 22 Aug 2020 07:00:52 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=397

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O que você sabe?

As pessoas que me acompanham sabem algumas coisas que eu sei. Elas sabem que eu desenho tirinhas, que sou programador, que domino as artes milenares das gambiarras. Mas talvez não saibam que eu sei um pouco de francês e que eu sei montar o cubo mágico.

Na área de T.I., é comum termos que aprender muitas coisas de muitas sub-áreas, até por isso é comum que as pessoas acreditem que fazemos de tudo o que está relacionado com computador (programação, formatação, instalação, etc.). Você aprende a mexer com o computador, aprende como funciona, aprende a programar, aprende uma ou mais linguagens de programação, aprende vários detalhes técnicos da computação como funcionamento de redes, compartilhamento, comunicação, processamento, etc.

Mesmo sabendo diversos conteúdos, é comum não nos sentirmos qualificados ou ainda não sabermos deixar claro o que sabemos. Parte pela conhecida “síndrome do impostor”, parte pelas vagas de emprego apresentadas com exigências de um Super-Homem ou mesmo pela falta de habilidade em marketing pessoal. Assim, o nosso conhecimento às vezes fica só em nossa cabeça e em nossos códigos, como um segredo guardado entre você e a máquina.

Há um programa disponível na Netflix chamado “Comedians in cars getting coffee”, que acho muito bom por juntar o Seinfeld, comediantes e café (os carros são legais também), onde teve um episódio em que o Seinfeld e o Alec Baldwin estavam conversando sobre pessoas que acham que seriam bons comediantes, mas não arriscam. Eles comentam que as pessoas se acham boas e que um dia vão simplesmente encontrá-las ali, como se houvesse uma “Comissão do Show Business” que fosse até a sua casa, bater na sua porta e dizer que você tem um talento enorme, por isso vieram te levar porque precisam de você. E não é assim, ninguém vai saber de bons comediantes se esses não se apresentarem em “open mics”, se não arriscarem, se não fizerem algo que as pessoas vejam.

Com programadores (ou demais profissionais) funciona parecido, seu talento permanece escondido até que você o apresente para alguém. Seu conhecimento é muito bom para você, mas quando você o divide, você o multiplica.

Então, como fazer as pessoas saberem o que você sabe?

Primeiro, não estou dizendo que elas vão ter o mesmo conhecimento que você tem, porque o seu conhecimento é algo único, fruto de uma combinação de conhecimentos de sua história de vida que ninguém mais tem. Mas digo em relação às pessoas saberem que você sabe algo.

A dica é simples, mas ela pode se ramificar em diferentes formas: Compartilhe!

Você pode juntar alguns colegas de trabalho e apresentar seu conhecimento a eles, como se fossem mini talks, onde simplesmente você ensina algo. Como benefícios imediatos, você sempre aprende algo mais que algum colega complementa no momento e também você se torna referência para eles em algum assunto que você sabe.

Escreva o que você aprende, escreva o que você sabe e ensine outros através disso. Crie um blog ou algo parecido para escrever o seu conhecimento, tutoriais ou documentações, para que as pessoas possam aprender e ter uma referência quando precisarem de algo. Daí você diz: “Ah, mas um blog? As pessoas ainda fazem isso?” Bom, você está lendo um agora. Além disso, ainda é a forma mais indexável e a forma que você vai ser encontrado quando buscarem sobre esse assunto. É uma outra forma de se tornar referência em algum conhecimento.

Crie e apresente palestras sobre algum assunto que você domina. O que você sabe sempre é algo que alguém, em algum lugar, precisa e está buscando. Existem vários eventos (online ou não) para as mais diferentes áreas e os mais diferentes níveis, que aceitam submissão de palestras e abrem espaço para você apresentar o seu conhecimento. É uma ótima forma de deixar muito claro que você conhece sobre o assunto e quem procura alguém que sabe sobre o assunto vê a pessoa no palco como uma referência. Mas tenha cuidado, aqui vale um alerta porque você não deve palestrar sobre qualquer coisa, é fácil ver quem quer palestrar sobre algo e que está enrolando ou se perde no conhecimento. Não busque o palco pelo palco, mas busque compartilhar o conhecimento, porque realmente é uma forma muito boa de se apresentar e também de aprimorar o que você sabe.

Crie conteúdo sobre o que você sabe. Aqui é a parte mais geral e mais genérica, porque há muitas formas de conteúdo que você pode gerar: vídeos, videoaulas, cursos, podcasts, até mesmo tirinhas… 🙂 Existem muitas formas criativas de apresentar o conhecimento, você não precisa fazer todas, escolha uma que lhe deixa confortável e que tenha mais a ver com você e com o conteúdo.

Resumindo, não fique escondido, não pense que vão te encontrar porque o seu código é muito bonito e muito bem indentado. Não pense que vão te achar porque o seu github é todo verdinho ou porque você entrega tudo no prazo. Deixe as pessoas saberem que você sabe algo.

“Ah, mas esse post é só um incentivo para inflar o ego e se exibir…” Não! É mais um incentivo a compartilhar e a deixar que o seu conhecimento impulsione de forma absolutamente justa a sua carreira. Nós, muitas vezes, sabemos muito mais do que o nosso cargo exige e somos remunerados abaixo do que poderíamos, pode ser porque não sabemos nem mesmo identificar o quanto sabemos ou não nos valorizamos o tanto que deveríamos.

Em minha carreira aprendi muito e passei a ser muito mais valorizado por compartilhar conteúdo. Tudo começou na “era de ouro dos blogs”, quando comecei a conhecer e trabalhar com software livre. Logo conheci alguns blogs e resolvi criar o meu para compartilhar o que eu ia aprendendo e como solucionei alguns problemas que todo mundo tinha. Esse foi um passo importante para me engajar com as comunidades, para estar junto, para participar e palestrar em eventos compartilhando conhecimento acerca de software livre, Linux e demais soluções que eu utilizava. E foi isso que impulsionou o Vida de Programador quando eu o criei, assim como todas as mídias que vieram depois.

Mas não se sinta pressionado, faça um passo de cada vez. E se estiver totalmente perdido, pode falar comigo, a gente troca ideias e desabafa junto 😉

Sucesso para você!

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Quem aí domina a difícil arte de lembrar das senhas? http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/08/15/quem-ai-domina-a-dificil-arte-de-lembrar-das-senhas/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/08/15/quem-ai-domina-a-dificil-arte-de-lembrar-das-senhas/#respond Sat, 15 Aug 2020 07:00:48 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=390

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Não sei vocês, mas eu tenho um algoritmo mental para senhas, porque até hoje não me dei muito bem com gerenciadores de senhas. Então, eu tenho regras mentais para controlar minhas senhas, mas a minha memória é um tanto volátil.

Por isso, muitas vezes me acontece o que desenhei na tirinha abaixo:

E quando se fala de senhas e segurança de senhas, não tem como não lembrar dos ensinamentos passados pelo xkcd a respeito:

Fonte: xkcd

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Quantas vezes você já surtou nessa quarentena? http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/08/08/quantas-vezes-voce-ja-surtou-nessa-quarentena/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/08/08/quantas-vezes-voce-ja-surtou-nessa-quarentena/#respond Sat, 08 Aug 2020 07:00:06 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=383

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Essa semana eu desabafei o seguinte, no twitter:

Pelos meus posts anteriores aqui, quem me lê sabe que eu gosto de ficar em casa e gosto de trabalhar de casa. Para mim, a quarentena é puxada, mas não achei que seria tão desafiadora. Eu já contava com uma baixa na produtividade, mas uma imagem que vi logo no começo da quarentena me ajudou a introjetar uma noção de não me cobrar tanto nisso. Não sei o autor da foto, mas traduzi em uma tradução livre:

Ver essa foto no Instagram

 

“Você só é improdutivo pelos padrões do mundo em que vivemos dois meses atrás. Aquele mundo não existe mais”

Uma publicação compartilhada por Andre Noel (@programadorreal) em

No fim das contas, boa parte da demanda aumentou. As aulas, que já eram a distância, passaram a ser totalmente produzidas em casa (preparação, gravação, edição, publicação, lives); a produção de conteúdo no Vida de Programador começou até que bem, mas acabou ficando comprometida. Mas o que aumentou bastante foram as demandas de casa.

Quando as pessoas (inclusive eu) falam “fique em casa”, nem sempre a gente percebe que implícito a isso também está um “cuide da casa”, ela tende a virar um caos muito mais rápido quando todos estão dentro dela o tempo todo. Além disso, está subentendido também um “cuide das pessoas da casa”, principalmente daqueles modelos menorzinhos ou dos mais experientes.

Estamos completando 141 dias confinados. Não sei quanto tempo ficam os participantes de um Big Brother, mas estamos sempre aqui fazendo a prova da resistência. Não fiquei esses 141 dias sem sair de casa, até porque não pude. Tive que resolver algumas coisas fora e também estamos fazendo uma quarentena em duas casas ao mesmo tempo, dando suporte para a minha sogra no que ela precisa.

Resumindo, estamos (eu e minha esposa) passando a maior parte do tempo confinados com mais quatro crianças, uma idosa, uma adolescente e seis cachorros. Sim, o tempo todo tem demanda por todos os lados. Além disso, eu e minha esposa seguimos trabalhando de forma remota e dando conta de gravações, edições, fraldas, choros e comida (comida o tempo todo também (e não só eu)).

Mas estamos sobrevivendo bem! Apesar de alguns surtos (acho que todo mundo aqui já surtou vez ou outra), apesar de dormir ainda menos que o normal, estamos conseguindo levar e produzir, mas não da mesma forma. Nos últimos tempos reduzi as tirinhas e os vídeos, por outro lado consegui finalmente começar o podcast que vinha planejando há muito tempo e também tenho feito lives no YouTube semanalmente. Além disso, pude participar, palestrar e até organizar eventos online; até mesmo ministrei duas palestras em inglês, coisa que eu nunca tinha feito na vida.

Então, de loucura em loucura, de surto em surto, estamos conseguindo ao máximo ficar em casa, estamos fazendo todo esforço para nos cuidar e também para não virarmos um pequeno foco para os outros. A vacina está cada vez mais próxima, a esperança de melhorar está aumentando, falta cada vez menos tempo. Se segure o máximo que puder também, porque a situação pede. No final do confinamento, o prêmio vai ser muito melhor do que o de reality shows.

Continue em casa, se puder. 🙂

* Aos que não podem ficar em casa, aos que estão na linha de frente nas áreas de saúde, àqueles que preparam os alimentos ou nos ajudam em comércio que precisamos, meu infinito agradecimento a vocês. Quem pode ficar em casa, fique, porque também é uma forma de proteger quem precisa estar fora, diminuindo o contágio para quem está mais em contato com os outros. Logo vai passar. 🙂

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Ignorar prevenção contra vírus é novidade? Pergunte isso aos programadores http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/07/18/ignorar-prevencao-contra-virus-e-novidade-pergunte-isso-aos-programadores/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/07/18/ignorar-prevencao-contra-virus-e-novidade-pergunte-isso-aos-programadores/#respond Sat, 18 Jul 2020 07:00:31 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=376

Vida de Programador

“Essa quarentena não vai acabar nunca mais?” Você pode se perguntar isso ou deve ter ouvido alguém se perguntar…

Bom, nosso maior problema, no momento, não é a quarentena, mas sim um vírus que está matando muita gente.

O engraçado (para não dizer “absurdo”, “irritante” ou “indignante”) é que há planos para se prevenir e diminuir a velocidade de contágio, mas as pessoas decidem deliberadamente não fazer parte (não estou falando de pessoas que precisam ou que trabalham em serviços essenciais, a esses toda nossa gratidão).

Digamos que o problema na contenção do vírus é um problema muito recorrente em programação…

… erro humano!

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Da organização à palestra, como é a dinâmica da era dos eventos online http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/07/11/da-organizacao-a-palestra-como-e-a-dinamica-da-era-dos-eventos-online/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/07/11/da-organizacao-a-palestra-como-e-a-dinamica-da-era-dos-eventos-online/#respond Sat, 11 Jul 2020 07:04:38 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=369

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Eu já escrevi aqui uma vez sobre como gosto de eventos (congressos, conferências, seminários, etc.) e como isso ajuda em vários pontos da carreira.

Os eventos muitas vezes servem como terapia. Você precisa separar uns dois ou três dias, dependendo do deslocamento, você se enrola um pouco no trabalho, acumula tarefas para resolver depois, mas vale muito o esforço. A mudança de ares, encontrar as pessoas, ter contato com outras realidades e ver muito bom conhecimento transmitido dá uma energia, como se fossem mini férias, mesmo que você ainda volte cansado porque não parou um minuto no evento…

Mas e agora que os eventos presenciais se tornaram online? O que aconteceu com eles? Ainda valem a pena?

Bom, eu posso passar três pontos de vistas diferentes: um como quem gosta muito de ir e participar, outro como quem foi convidado a palestrar em evento online esse ano e ainda uma visão de quem está organizando um evento.

Participação em eventos online

Dos benefícios que eu listei acima na participação de eventos, parece que o único que se mantém é o compartilhamento de conhecimento, não? As palestras continuam, os eventos fazem o possível para manter palestras com a mesma qualidade e disponível de forma clara. Mas não é só isso.

O evento online “herda” algumas boas vantagens só pelo fato de ser online. Primeiro, você consegue participar de eventos que não poderia por acontecerem muito longe, por não ter liberação para viajar no trabalho, por falta de grana pras despesas… Então, o evento online se torna mais universal. Você abre uma tela e pode acompanhar enquanto faz o seu café no conforto da sua casa, enquanto está trabalhando você ainda pode acompanhar, pode escolher o ambiente melhor para isso. Pode ter um pouco menos de atenção, mas isso é possível de ajustar.

Em relação ao networking é diferente, mas ele ainda existe. Alguns eventos usam plataformas que permitem um chat entre os participantes durante a palestra. Até mesmo com o palestrante é possível falar e fazer perguntas durante a palestra, coisa que não seria feita em palestras presenciais. O palestrante administra se vai acompanhar as perguntas ou deixar para o final. E ainda tem eventos usando plataformas como o meet ou o zoom, permitindo muitas pessoas conectadas com a possibilidade de voz e vídeo, criando uma forma interessante de interação entre todos.

Então, você acaba adaptando sua experiência, mas fica até mais fácil de participar dos eventos.

Palestrando em eventos online

Desde que a pandemia iniciou, eu já fiz palestras e encontros online e a experiência é bem interessante. O primeiro onde palestrei nesse tempo foi no TDC Online (The Developers Conference) e eles proporcionam uma experiência incrível. Tem a área de palestrantes, tem chat durante a palestra, sessão de perguntas à parte após a palestra. É uma sensação diferente você preparar a sua casa, o seu “palco” para uma transmissão boa, mas tive a vantagem de já ter experiências gravando para o youtube e ministrando aulas online.

Confesso que sinto falta da reação da plateia durante a palestra, mas que a reação por chat também é muito boa e eu acho interessante a interação com quem está assistindo. Realmente, cada palestra se torna uma palestra única, porque a interação de quem está no chat muitas vezes conduz a palestra por caminhos ainda mais interessantes.

Além disso, em eventos ao vivo nos contentamos com expressões, suspiros e risos para “sentir” a opinião e o acompanhamento da plateia. Em palestras online são muitas opiniões que vêm através do chat, que podem inclusive serem analisadas depois, com mais cuidado. Você não costuma ter tanto retorno de ideias assim em eventos presenciais. Ontem mesmo palestrei na Campus Party Digital Edition, a convite do TILT, e foi uma experiência fantástica.

A organização de eventos online

Há dois anos estamos organizando eventos regionais, eventos pequenos, aqui em nossa região (Maringá-Pr) e a intenção sempre foi a de crescer, mas por aqui. Começamos com apenas um dia e uma trilha de PHP, no PHP Weekend by Vida de Programador. Depois, no ano seguinte, adicionamos a trilha “Digital Weekend”, ainda num dia só. Nesse ano tornamos o evento online, como está acontecendo com a maioria dos eventos presenciais. O que aconteceu é que instantaneamente ele passou de um evento regional para um evento que pode ser acessado por qualquer ponto do universo (desde que haja conexão de internet).

Com isso, a própria ideia do evento cresceu, a possibilidade de trazer palestrantes aumentou bastante, porque havia problemas de agenda e de caixa para pagar as despesas. As despesas do evento todo ainda existem, mas diminuíram. Assim, o evento esse ano passou a ter dois dias, 20 palestrantes e a inscrição pode baixar também, para ficar praticamente simbólica (cobrindo despesas de organização, mimos para os palestrantes, etc.). E assim o evento virou “Vida de Programador Weekend“, com vários temas diferentes e vai acontecer na semana que vem, nos dias 17 e 18 de julho.

Organizar eventos online facilita que muito pode ser feito diretamente online, menos saídas para resolver problemas e estruturas, mas gera várias outras preocupações: qualidade de conexão para assistir, qualidade de conexão para transmitir, quantas pessoas a plataforma aguenta ao mesmo tempo, como manter o pessoal com a gente durante o evento, como fazer as dinâmicas de “trocas de palco”, etc. Acho que o frio na barriga só vai acabar depois que passar o evento e já deve voltar pensando na próxima edição 🙂

Mas e depois da pandemia?

Bom, ninguém sabe exatamente as surpresas do futuro, mas tenho a certeza de que as duas formas de eventos têm suas vantagens e desvantagens e que os dois devem coexistir com mais força depois que tudo estiver mais tranquilo. A experiência de eventos presenciais é única, tem alguns fatores que não dá pra substituir. Assim como a universalização e a comodidade de eventos online são imbatíveis. Acredito que vão surgir também mais modelos híbridos, como o TDC costuma fazer, presencial e online ao mesmo tempo.

No mais, espero que possamos nos ver no evento semana que vem e continuem se cuidando! 🙂

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Na quarentena, até as viagens no tempo são algo bem relativo http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/07/05/na-quarentena-ate-as-viagens-no-tempo-sao-algo-bem-relativo/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/07/05/na-quarentena-ate-as-viagens-no-tempo-sao-algo-bem-relativo/#respond Sun, 05 Jul 2020 07:00:42 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=362

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Estamos já há um bom tempo vivendo em exceção após exceção, nada mais é normal e não sabemos mais como será o futuro. Tem muitos textos a respeito do “novo normal” (inclusive aqui no blog), mas ninguém sabe exatamente o que vem pela frente. Não seria bom ter uma visita vindo do futuro pra dar dicas ou para dizer que tudo vai ficar bem?

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Lá e de volta outra vez: quarentena exagera ao recuperar passado recente http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/06/20/la-e-de-volta-outra-vez-quarentena-exagera-ao-recuperar-passado-recente/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/06/20/la-e-de-volta-outra-vez-quarentena-exagera-ao-recuperar-passado-recente/#respond Sat, 20 Jun 2020 07:04:16 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=355

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Lembra do livro escrito pelo Bilbo Baggings, contando suas aventuras? Se chamava “Lá e de volta outra vez”.

Estamos revisitando nosso passado todos os dias. Coisas boas e coisas ruins que insistem em voltar.

Um possível motivo para isso está na tirinha abaixo.

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Temos tecnologia na quarentena, mas ainda falta entender o coletivo http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/06/13/cansou-de-so-ouvir-sobre-a-quarentena-pois-o-problema-esta-longe-de-acabar/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/06/13/cansou-de-so-ouvir-sobre-a-quarentena-pois-o-problema-esta-longe-de-acabar/#respond Sat, 13 Jun 2020 07:00:09 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=347

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Eu já cansei de falar sobre a quarentena. Hoje estou no meu 85º dia de quarentena. Já falei, só aqui no blog, sobre dicas de home office, sobre a diferença de home office comum com o que estamos vivendo hoje, sobre como a tecnologia tem nos permitido ficar em casa e ainda manter os trabalhos ativos, sobre o excesso de atividades imposto na quarentena, sobre o aumento da dependência da tecnologia e até fiz especulações sobre o “novo normal“.

“Eeeeba, então hoje o texto vai ser sobre outra coisa??”

Hmmm… É… Infelizmente, não…

Mais do que cansado de falar sobre, estou cansado da própria quarentena, de ouvir a respeito e, principalmente, de ver que estamos em uma “quarentena para coronavirus ver” (não ia fazer muito sentido dizer que é “para inglês ver”).

Acho que não consigo ficar sem falar também porque estou vivendo muito isso dia a dia. Eu fico em casa o máximo que posso, lavo as mãos e as compras do mercado (levo umas duas horas para higienizar tudo) e eu mesmo estou bem hipocondríaco com as minhas comorbidades (e sem ter um histórico de atleta).

Nossa situação como sociedade é muito diferente da pandemia anterior, no início do século 20. Já vimos que temos tecnologia o suficiente para reduzir os impactos, para diminuir o contágio protegendo tanto o profissional que tem que estar em casa quanto aquele que está na rua. O que nos falta é algo muito mais difícil de conseguir do que a tecnologia, que eu não sei se consigo explicar de forma clara e direta, então vou aproveitar um meme:

Reprodução: Internet. Conselhos do He-Man.

É mais fácil se preocupar com o sinal de wi-fi do que se preocupar com quem está ao lado precisando de oxigênio (isso sem falar que nós mesmos precisamos). A maior dificuldade nossa é entender o coletivo, pensar em todos, pensar em como agir pelo bem de todos. Se pelo menos houvesse um app que a gente pudesse baixar para resolver.

Temos muitas prioridades estranhas na vida. Antes da quarentena tínhamos uma ansiedade por ter o smartphone mais recente ou por usar os frameworks “do momento”, na quarentena temos novas prioridades estranhas, como cortar o cabelo, ir para a academia (que nunca vamos), interagir com pessoas (que nem gostamos), tomar sol (que nunca tomamos, porque somos programadores). Ah, se as pessoas ao nosso redor produzissem wi-fi, será que manteríamos um isolamento social decente? Em pleno aumento de número de casos estamos voltando para as ruas, não faz sentido para a minha cabeça treinada em aulas de lógica de programação.

A vida é importante. A sua, a minha, de todos. Não vire mais um número na contagem, não se trate como um número e não trate os outros assim. Estamos longe de passar o problema em nosso país. Ainda que seja muito chato, vamos nos esforçar mais.

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Seu preconceito não interfere no código-fonte do programa que você usa http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/06/06/seu-preconceito-nao-interfere-no-codigo-fonte-do-programa-que-voce-usa/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/06/06/seu-preconceito-nao-interfere-no-codigo-fonte-do-programa-que-voce-usa/#respond Sat, 06 Jun 2020 07:04:37 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=340

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Mulheres escreveram os primeiros códigos de programação. Mulheres programavam o primeiro computador eletrônico. Alan Turing, o pai da computação, era homossexual. Dorothy Vaughan era mulher e negra e comandava uma equipe de mulheres negras da Nasa que foram pioneiras para a programação. Se tem uma área que deveria ser o exemplo para extinguir o preconceito de uma vez por todas, é a nossa área. São as nossas atitudes que podem mudar isso.

Como bônus, queria deixar um vídeo que gravei essa semana:

 

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Você está preparado para o “novo normal”? Tecnologia pode ser aliada http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/05/30/voce-esta-preparado-para-o-novo-normal-tecnologia-pode-ser-aliada/ http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/2020/05/30/voce-esta-preparado-para-o-novo-normal-tecnologia-pode-ser-aliada/#respond Sat, 30 May 2020 07:04:53 +0000 http://andrenoel.blogosfera.uol.com.br/?p=335

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Uma pergunta recorrente em tempos de pandemia tem sido: “E depois?”

Às vezes a gente responde, até como uma forma de brincar com a situação, “mas vai ter um depois?”

É lógico que para se pensar em um “depois” é preciso pensar em um “agora”, senão realmente não teremos um “depois” (ou pelo menos um “depois” minimamente previsto ou desejado). Mas eu já falei algumas vezes aqui sobre o agora e não quero ficar (muito) repetitivo. Temos muitas ações que podemos e devemos tomar agora, mas nesse texto quero falar sobre o depois.

Já me perguntaram sobre como eu acho que vai ficar o trabalho das empresas de T.I. depois da pandemia, como ficarão os eventos em geral depois da pandemia e também sobre como as demais áreas, que estão precisando usar a tecnologia agora para se manter, vão ficar depois.

A resposta curta e sem medo de errar: Eu não sei. Mas vou dizer o que eu espero ou o que eu percebo que pode se formar.

Li um artigo (mas eu me esqueci de anotar qual era) que dizia que nós fomos forçados a avançar cinco anos nas tecnologias e no home office da noite para o dia. Já falei aqui que não é exatamente um home office em condições normais, mas não vem ao caso agora. Ou seja, a tecnologia iria avançar, muita coisa iria para home office naturalmente, mas nós tivemos que correr com isso e aplicar bem ou mal aplicado.

Assim, restaurantes que já estavam em aplicativos aumentaram seu uso, restaurantes que não estavam tiveram que correr e se cadastrar. Os contatos comerciais via WhatsApp cresceram ainda mais, apresentando produtos, fechando vendas, fazendo muitas vezes o papel da visita para conhecer os produtos ou mesmo “dar só uma olhadinha”. As reuniões, que muitas vezes não poderiam ser online por opinião de um ou de outro, se tornaram online em todas as esferas e todas as empresas. É comum ver pessoas brincando ou reclamando por estar participando de reuniões online o tempo todo.

E como tudo isso vai ficar depois?

Em primeiro lugar, há uma ansiedade muito grande para voltar a um “normal”, ainda que não seja o mesmo “normal” que existia antes. As pessoas querem voltar a “bater pernas” no shopping, sentar numa lanchonete para passar o tempo, perder o dia na fila do banco (bom, quanto a isso tenho dúvidas). Então teremos, em parte, o esvaziamento das redes de comunicações por retornar ao contato presencial e tudo mais.

Por outro lado, muitas barreiras em relação às tecnologias foram quebradas e muita coisa se percebeu que podem ser feitas à distância, como reuniões, ensino e desenvolvimento. As empresas que souberam aplicar bem e viram vantagens devem manter o “online” para diversos processos, enquanto as empresas que aplicaram mal aplicado, apenas porque não havia outra saída, talvez retornem ao que faziam antes, culpando a tecnologia por um mal desempenho e baixa produtividade.

Se depois de tudo isso pudermos aprender que com a tecnologia nós pudemos aumentar o alcance da nossa rede para ajudar uns aos outros e pudermos reduzir burocracias e papel, já será um grande ganho. Se criarmos o hábito de usar a tecnologia para continuar favorecendo os pequenos comércios e pequenos empresários, que não possuem investimentos ou incentivos para se modernizar, mas que podem usar tecnologias simples para vender, será um bom resultado.

Vamos guardar o que é bom e usar a tecnologia para todos crescermos juntos! 🙂

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